A sombra do terrorismo volta à Rússia. Um atentado à bomba numa linha férrea entre as duas maiores cidades do país, Moscovo e São Petersburgo, causou na sexta-feira à noite o descarrilamento de um comboio expresso. Morreram pelo menos 39 pessoas e cerca de cem ficaram feridas.
A tese de terrorismo, que logo após o descarrilamento do comboio começou a ser equacionada, só foi confirmada durante o dia de ontem, com os serviços de informações internos da Rússia a anunciarem terem sido encontrados fragmentos de bomba no local. "As investigações preliminares sugerem que foi detonada uma bomba equivalente a sete kg de TNT", declarou um responsável dos Serviços de Segurança Federais (FSB).
O atentado contra o comboio, que transportava 682 passageiros e 29 tripulantes, foi o mais mortífero dos últimos anos.
Centenas de elementos das equipas de socorro trabalharam durante toda a noite e madrugada para conseguir socorrer os feridos e retirar os cadáveres, presos entre a amálgama de ferros retorcidos das carruagens.
O ataque não foi reivindicado, apesar de o grupo nacionalista russo Combat 18 ter chegado a assumir a sua autoria. A informação foi rapidamente desmentida.
Horas depois do descarrilamento, e praticamente no mesmo local, explodiu uma segunda bomba, de menor potência, que no entanto não causou vítimas.
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